Para orientar o financiamento de futuros projetos ecológicos no Cerrado, o Instituto Ibramar participou de uma plenária promovida pela Rede Araticum (Articulação pela Restauração do Cerrado). Este esforço visa facilitar iniciativas para recuperar e preservar esse importante bioma brasileiro. O documento contou com a colaboração de 40 membros.
“A elaboração visa nortear os patrocinadores e investidores em projetos relacionados ao Cerrado na disponibilização dos recursos em momentos assertivos, principalmente, na época da chuva quando você precisa estar com toda a sua mobilização de plantio, de mudas e semeaduras”, ressalta Cláudio Leal, diretor-presidente do Ibramar e membro da Rede Araticum.
Segundo as recomendações, a etapa deve considerar algumas condições para o sucesso da restauração. Um ponto enfatizado é a importância de definir um investimento condizente com o projeto. No caso do preparo adequado do solo, os esforços desempenhados podem demandar até dois anos consecutivos antes do plantio, dependendo das condições de degradação e infestação por espécies invasoras.
Além disso, o guia informa que a manutenção das áreas restauradas deve ser assegurada por até cinco anos, incluindo o controle de espécies exóticas e o monitoramento da vegetação para garantir o sucesso a longo prazo.
O cronograma de desembolsos deve ser cuidadosamente planejado para respeitar a sazonalidade das atividades de preparo do solo, plantio e manutenção, levando em conta as flutuações climáticas anuais características da região, como a variabilidade das chuvas e episódios de incêndios.
A Rede Araticum sublinha ainda a importância de utilizar espécies nativas do ecossistema original do Cerrado, como savanas, campos e florestas, para assegurar a eficácia da restauração ecológica. O monitoramento contínuo é também uma prioridade para avaliar e garantir o progresso da restauração.
“Essa elaboração também norteia os patrocinadores na indicação de metas, que sejam mais consistentes em relação ao que se propõe numa restauração florestal no Cerrado e suas particularidades”, afirma Cláudio Leal.
Por fim, o guia reforça que a meta estabelecida não deve se limitar ao número de árvores plantadas, mas à área efetivamente restaurada, refletindo o compromisso com a regeneração completa dos ecossistemas afetados. Os patrocinadores têm de disponibilizar esses recursos antes para que seja feito todo esse processo.
Acesse o guia na íntegra.
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