A falta de chuva não é a única responsável pela crise hídrica no Brasil. A retirada da cobertura vegetal do solo, agravada por atividades como agronegócio e mineração, contribui para reduzir ainda mais a disponibilidade de água nas torneiras.
Uma vez que se retira a cobertura vegetal, as plantas substitutas (café, eucalipto, cana-de-açúcar, algodão e outras monoculturas) não são capazes de exercer a função ecológica das originais, porque suas raízes são sub-superficiais. Os cursos d’água, portanto, diminuem de nível até desaparecerem por completo.
A água não é uma fonte inesgotável, no dia em que ela acabar, as grandes áreas de lavoura vão ficar desnudas e secas. Em síntese, vão se tornar um ambiente quase desértico. Só não chega a tanto porque de vez em quando vai chove. O problema é que, sem a vegetação nativa, a água da chuva não será absorvida pelo solo e não chegará aos aquíferos que abastecem quase todas as bacias hidrográficas do país. E quando chega um período de estiagem prolongado, os cursos d’água, que já não são alimentados de maneira satisfatória por precipitações, diminuem ainda mais o volume, provocando crise hídrica como a que assola o Brasil.
Para amenizar essa crise, ações de reflorestamento são fundamentais para manter as nascentes e florestas vivas. O IBRAMAR está realizando o replantio de mudas nativas na região serrana de Domingos Martins, principalmente próximo a áreas de nascentes degradadas. Esta ação está ajudando na recuperação de áreas degradadas e devolvendo a esperança de manter nossas nascentes saudáveis, para que nossa água não desapareça.
De grande valia este iniciativa de reflorestamento, porque todos ganhamos.