29 de setembro de 2023 | Nenhum comentário
Três propriedades em Urbano Santos fazem parte do plano de restauração. Ipê e Fava de Bolota estão entre as espécies mais plantadas
Em seis meses de atuação, o Projeto Restaurando o Cerrado, executado pelo Instituto Brasileiro dos Recursos Ambientais e Assessoria Rural (Ibramar), já garantiu o plantio de 21.402 mudas nativas em áreas de reserva legal e de proteção permanente, que são focos do projeto de restauração ecológica.
Nesta primeira etapa, estão envolvidas as propriedades de São João, Santa Isabel I e São Paulo, que fazem parte das bacias hidrográficas dos rios Munim e Preguiças, totalizando uma área de plantio de 36,76 hectares no bioma Cerrado.
Respeitando a biodiversidade, o plantio do Açaí foi o destaque na Fazenda São João, mais de 300 mudas foram plantadas na propriedade. Mais de 3 mil mudas de Ipê Rosa foram cultivadas na Fazenda Santa Isabel I, onde também soma a maior área restaurada – 61,74 hectares. A Fava de Bolota foi destaque na Fazenda São Paulo.
AMPLIANDO A RESTAURAÇÃO
Nessa primeira etapa de restauração ecológica, foram realizadas diversas atividades para alcançar o objetivo dos 123 hectares previstos no plano de trabalho.
Foram isolados 72,63 hectares da área em restauração, com a instalação de mais de 5 mil metros de cerca e a construção de 4.691 metros de aceiro. A ação previne principalmente a entrada de animais, como gado, jegue e cavalo, além de reduzir o risco de passagem do fogo para as áreas restauradas, evitando a incidência de queimadas.
Nesse contexto, técnicas de restauração passiva foram usadas para promover maior sobrevivência e a propagação dos indivíduos já existentes. Segundo o Instituto Ibramar, essas ações de isolamento das áreas e a eliminação dos fatores de degradação favorecem a regeneração natural.
A técnica de restauração assistida também foi usada. Nesse caso, houve a inserção de novas espécies para propagar a diversidade do local, seja via plantio de mudas ou semeadura direta. No total, foram plantadas 41 espécies botânicas diferentes.
O diagnóstico ambiental detalhado foi conduzido com auxílio de drones para mapeamento aéreo e por equipes de campo utilizando mapas georreferenciados, a fim de identificar os fatores de perturbação ambiental e atuar na sua eliminação ou mitigação.
Ainda no primeiro mês de execução, as equipes socioambientais do Instituto Ibramar realizaram visitas técnicas em 10 localidades, em busca de lideranças comunitárias, onde foram mapeadas e quantificadas as famílias locais, assim como foi apresentados a equipe de coordenação do projeto, o cronograma de ações e a explicação de todas as atividades previstas. As visitas contaram com o apoio do setor público municipal.
O sucesso do Projeto Restaurando o Cerrado ressalta a importância da restauração ecológica para a preservação do meio ambiente, mostrando como esforços coordenados podem impulsionar a recuperação de ecossistemas vitais.
11 de setembro de 2023 | Nenhum comentário
No dia 11 de setembro, o Brasil celebra o Dia do Cerrado, um dos biomas mais ricos e ameaçados do país. Esta data especial destaca a importância desse ecossistema único para a biodiversidade e ressalta os desafios enfrentados na busca por sua preservação e sustentabilidade.
Com essa visão, o Instituto Ibramar desempenha um papel fundamental na sua conservação, demonstrando compromisso com a proteção dessa região essencial para o Brasil e o mundo, por meio de três projetos ativos nos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. As metodologias de restauração são replicadas em sete municípios, desde 2021, resultando em mais de 170 mil mudas plantadas e 600 hectares restaurados.
Conhecido como a “caixa d’água do Brasil”, o Cerrado desempenha um papel vital na manutenção dos recursos hídricos do país, fornecendo água para grandes aquíferos e bacias hidrográficas, incluindo a Amazônia e a Mata Atlântica. Além disso, abriga uma rica diversidade de espécies vegetais e animais, muitas das quais são endêmicas, ou seja, encontradas apenas na região.
Apesar de sua importância inquestionável, é um bioma que enfrenta desafios significativos. Nessa lista está o desmatamento, que ameaça constantemente sua vegetação nativa, restando 2,85% como unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável.
Mas a esperança não está perdida. Cláudio Leal, diretor do Instituto Ibramar, reforçou o propósito de prevenir, mitigar e remediar as ações enfrentadas pelo Cerrado. “Apesar do bioma enfrentar um paradoxo de vulnerabilidade, o Instituto tem atuado ao longo de 15 anos para reverter, de forma intensa, essa situação. Hoje é uma data para ressaltar que vamos continuar promovendo atividades antrópicas positivas na região”.
Saiba mais sobre a atuação do Ibramar aqui.
31 de agosto de 2023 | Nenhum comentário
O Instituto Ibramar cuida do nosso ambiente em quatro projetos, sendo três no Cerrado e um na Mata Atlântica.
Neste texto, vamos aprender mais sobre esses dois ecossistemas que denominamos por bioma.
Em 1988, um cientista chamado Norman Myers criou o termo “hotspot” para falar de lugares onde habitam diferentes seres vivos e que, ao mesmo tempo, são áreas ameaçadas. O cerrado é considerado um hotspot mundial.
No dia 11 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Cerrado.
Ele fica no centro do Brasil, envolvendo onze estados, incluindo Tocantins, Maranhão e Piauí. Além disso, ele se mistura com outros biomas como a Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Pantanal.
Ele é conhecido como a savana mais rica do mundo. Nesse bioma, se misturam vários tipos de plantas misturadas entre os campos, savanas, veredas e florestas, com a presença de rios, córregos e cachoeiras.
Afinal, é onde vivem mais de 330 mil tipos de plantas e animais. Cerca de 38% das plantas, 17% dos répteis e 28% dos anfíbios só existem na região.
Além disso, é uma fonte essencial de água para o país por conta dos seus planaltos. Por isso, é conhecido como “Berço das águas do Brasil”.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de um em cada cinco tipos de plantas e animais que só existem no Cerrado não estão mais seguros e, pelo menos, 137 tipos de animais que vivem na região estão ameaçados de extinção.
Para ajudar a mudar e cuidar do Cerrado, o Instituto Ibramar trabalha na região há quase 2 anos, com projetos em estados diferentes: Tocantins, Maranhão e Piauí.
É um conjunto de ecossistemas florestais e composições florísticas bem diferenciadas que se estende em 17 estados, incluindo o Espírito Santo.
Com o clima tropical, quente e úmido, a Mata Atlântica possui um relevo de planaltos e serras.
A biodiversidade desse bioma é bem semelhante à da Amazônia.
É uma floresta tropical que abriga cerca de 20 mil espécies vegetais, esse número representa 35% das espécies encontradas no nosso país.
Considerada uma riqueza, é o habitat de espécies que vivem unicamente na região, como: micos-leões, pica-pau-da-cabeça-amarela, onça-pintada, sapo-cururu e arara-azul-pequena. Além desta lista, são encontrados tamanduás, preguiças, antas, veados etc.
Ao total, a fauna desse bioma é o habitat de mais de 2 mil espécies de animais.
No dia 27 de maio é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica.
Infelizmente, é um bioma que também abriga espécies consideradas ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e o pau-brasil.
Da área original, apenas 12,5% ainda existe.
Para preservar o bioma, o Instituto Ibramar atua na região desde o ano de 2021 com o projeto Nascente Viva, no Espírito Santo, enfatizando a conservação ambiental.
Os resultados de todos os nossos projetos podem ser acessados no nosso site.
Referências:
16 de agosto de 2023 | Nenhum comentário
Escrito por: João Vitor Cruzoletto/ Sociólogo
Gerir ações sociais no entorno de áreas de preservação ambiental exige planejamento, experiência, vivência e sensibilidade. Elaborar processos coletivos de caráter programático a partir dos territórios e agir com serenidadeespaço-temporal – respeitando o desenvolvimento e a condição peculiar de cada pessoa (criança, adolescente, jovem, adulto e/ou idoso), são alguns dos pressupostos metodológicos fundamentais que visam atribuir valores sociais de direitos humanos para o fortalecimento doengajamento comunitário nos projetos ambientais.
Estar no território dá senso de realidade sobre as demandas sociais no planejamento. O “senso de realidade”, somado ao conhecimento teórico, aguça asensibilidade dos profissionais da área socioambiental.Planejar ações sociais de forma descentralizada, a escala mais próxima em que se executa o trabalho, ao nível do território, da localidade, da comunidade. Estimularprincípios de construção coletiva como a autogestão e a participação social. Esses fundamentos sociais corroboram com as estratégias processuais conjuntas com a comunidade (e com os demais atores sociais – os stakeholders), a fim de se obter resultados satisfatórios nos processos de gerenciamento ambiental.
A base do processo social sustenta as ações de restauração ambiental. Não existe ambiental separado de social. O Social compõe o Ambiental. Nesse sentido, para que se efetivem as ações de recuperação ambiental, faz-se necessário encarar a problemática da realidade social posta nos territórios. Produzir um ambiente sustentável em suas dimensões sociais necessita ganhar a devida relevância no processo de planejamento ambiental.
A preservação ambiental necessita estar em consonância com o desenvolvimento comunitário. Elaborar e articular os atores sociais para que, somadas as forças institucionais e sociais, possamos superar as dificuldades socioambientais apresentadas nos territórios.
Instituto Ibramar atua em conjunto com os moradores da região
17 de julho de 2023 | Nenhum comentário
A comemoração do Dia de Proteção às Florestas, celebrado neste 17 de julho, ressalta os esforços contínuos do Instituto Ibramar. Os números alcançados, ao longo destes anos, superaram as expectativas. As mudas plantadas em áreas da Mata Atlântica e do Cerrado chegaram a quase 337 mil e os hectares recuperados somam 1.460.
Os projetos ativos em, pelo menos, quatro estados do Brasil confirmam as medidas de reflorestamento que estão sendo adotadas para proteger a biodiversidade.
Por meio de ações de recuperação de áreas degradadas no entorno de nascentes, 881 locais diferentes já foram contemplados. No Espírito Santo, o Nascente Viva desempenha um papel fundamental nas faixas marginais dos cursos d’água da bacia hidrográfica do rio Jucu, cujos mananciais de superfície contribuem para o abastecimento dos reservatórios da Região Metropolitana da Grande Vitória.
Com o intuito de promover programas de reflorestamento eficazes, tanto em áreas urbanas quanto rurais, foram implementados quase 50 km de cercas que ajudam na proteção dessas áreas. Além disso, 170 biodigestores foram instalados para gerar o reaproveitamento de resíduo orgânico e a produção de fertilizantes.
Outro destaque de um trabalho que incentiva a participação de comunidades locais é a capacitação em Educação Ambiental, que apenas com o projeto do Tocantins já atingiu 52 professores durante 5 treinamentos realizados em escolas e 15 oficinas. A ação também forneceu embasamento para a publicação de dois livros didáticos: “Revitalização e Conservação de Bacias Hidrográficas” e “Processos de restauração florestal na Bacia Hidrográfica do Rio Manuel Alves da Natividade”, que podem ser baixados no Google Play Livros e/ou na aba Produtos do site ibramar.org/tocantins.
As iniciativas fazem parte de ações, em conjunto, dos projetos como o Nascentes do Cerrado, no Piauí, Restaurando o Cerrado, no Maranhão, e Revitalização e Conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Manuel Alves da Natividade, no Tocantins.
Vamos, juntos, continuar a proteger as florestas do nosso país! 🌳💚